quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dispenso apresentações...



Boa noite galera!

Bom, parece um tanto quanto comum um blog sobre arte e cultura, mas teria eu alguma outra forma de mostrar ao mundo que ainda existem remanescentes que utilizam a internet para a cultura? Talvez até existe outra forma, mas essa é a mais acessível!

Pra começar-mos bem, é claro que eu não vou postar algo de minha autoria, mas um dos poemas mais fascinantes de Manoel Bandeira: Desencanto.


Desencanto


Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.


Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.


E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.


- Eu faço versos como quem morre.

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